Em 1965 eu havia conhecido três rapazes que se apresentavam com os nomes de Odaés Rosa, Rosito e Rosenito, "Os Donos dos dois Gêneros". Um dos gêneros era sertanejo, o outro eu não sei qual era, não. Haviam deixado sua cidade natal (Rio Verde-Go), e estavam em Goiânia, buscando novos horizontes para a sua música e suas vidas pessoais. O líder do grupo era o Odaés. Ótimo intérprete, voz bonita, danado de bom, no violão, e, além disso, um versátil compositor. Senti logo, que havia afinidade entre nós. Tínhamos muitas coisas em comum. A infância sofrida, a alma sensível, inquieta, como se procurasse encontrar alguma coisa sem saber exatamente o que era, o gosto pelo mesmo tipo de música, e, como eu, tentando se firmar como intérprete e compositor. Ele tinha umas músicas que me machucavam bastante quando eu as ouvia. Tornei-me fã do cara. Fã e amigo. Assim, aconteceu entre nós, a aproximação que faria com que nos tornássemos mais tarde, parceiros de fazer modas.